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Nas conversas de golpe de Estado de Mauro Cid veja os militares que aparecem
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Dados do celular do ex-ajudante de Jair Bolsonaro, Maruo Cid, envolve militares ativos.
- Por Camilla Ribeiro
- 17/06/2023 14h11 - Atualizado há 1 ano
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou na sexta-feira (16) o relatório da Polícia Federal sobre o celular de Mauro Cid.
Como tentativa de manter Jair Messias Bolsonaro no poder, registros foram encontrados no aparelho mencionando cinco militares. Cid está preso desde maio por conta de uma operação de fraude em registro de vacina.
Vejam quem são os militares:
- Tenente-coronel Marcelino Haddad
- Coronel Jean Lawand Junior
- General Édson Skoda Rosty
- Sargento Luís Marcos dos Reis
- Major Fabiano da Silva Carvalho
Tenente-coronel Marcelino Haddad
Foi responsável por compartilhar arquivos das Forças Armadas para a “garantia dos poderes constitucionais”. Os documentos apoiam a tese das forças como “poder moderador”.
Ele apoia que o artigo 142 da Constituição Federal dá às Forças pode moderador se um “inimigo externo crise entre poderes” entre em ação.
Coronel Jean Lawand Junior
Lawand tentou convencer Bolsonaro a agir para uma tomada de poder.
"Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara", disse em dezembro de 2022 a Cid.
General Édson Skoda Rosty
Ele foi citado em um áudio encaminhado por Lawand a Cid. Em dezembro de 2022, o coronel enviou para Cid que "ele [em referência ao então presidente] tem que dar a ordem".
E então Lawand compartilha um áudio:
“Meu amigo, na saída do QG [Quartel-General] encontro bom o ROSTY, SCmt COTER. Foi uma conversa longa, mas para resumir, se o EB [Exército Brasileiro] receber a ordem, cumpre prontamente. De moto próprio o EB [Exército Brasileiro] nada vai fazer porque será visto como golpe. Então, está nas mãos do PR [presidente da República]", diz a mensagem.
De acordo com a PF, o "nome ROSTY pode estar relacionado ao General de Divisão, Subcomandante de Operações Terrestres do Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro, EDSON SKORA ROSTY".
Sargento Luís Marcos dos Reis
Participou de conversa sobre manifestações golpistas em frente ao Quartel do Exército em Goiânia (GO).
"Ao ser questionado sobre a manifestação Mauro Cid diz: 'Mais fácil eu ajudar os caras do que tirar de lá'", revelou a PF.
A PF também indica que ele participou na tragédia 8 de janeiro e chegou a subir na cúpula do Congresso, além de incentivar a “tomada de poder pelas Forças Armadas”.
"Eu estou no meio da muvuca! Não sei o que está acontecendo! O bicho vai pegar!", enviou em uma mensagem.
O arquivo enviado pela PF ao ministro Alexandre Moraes mostra que o sargento participou das invasões às sedes dos Três Poderes em vídeos compartilhados.
Major Fabiano da Silva Carvalho
Foi o destinatário inicial da tese do 142 da Constituição Federal dá às Forças pode moderador se um “inimigo externo crise entre poderes” entre em ação, segundo a PF.
