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  • Presidente Lula disse que as pessoas precisam 'cuidar do próprio orçamento', ao fazer comentários sobre aumento do preço dos alimentos


  • Lula também voltou a fazer a defesa da redução da taxa de juros. Declaração foi dada a uma rádio do Paraná.

Nesta quinta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que as pessoas "precisam ajudar a cuidar do próprio orçamento", ao fazer comentários sobre o aumento do preço dos alimentos.

"Temos que ficar atentos aos preços dos alimentos. Quando você produz demais e tem consumo de menos, o produto cai de preço, é sazonal, é preciso que as pessoas ajudem a cuidar do seu próprio orçamento", declarou Lula.

"Se você for num lugar comprar tomate e você perceber que o tomate está caro, tem que se informar se não tem um lugar com o tomate mais barato. Se for comprar um pé de alface e perceber que ele está caro, tem que se ajudar, não é ajudar o governo, é se ajudar, e não comprar aquilo. Ou seja, para que a gente possa, então, ter, no comportamento do povo, um equilíbrio no orçamento familiar no que diz respeito ao alimento", destacou o presidente.

De acordo com Lula, o governo precisa ter consciência sobre a importância de ter um alimento mais barato, mas isso significa aumentar o salários das pessoas.

Juros e inflação

O presidente também voltou a defender que haja uma redução da taxa de juros e baixa inflação. E declarou que "economia é bom senso".

"Os médios empresários, os que têm menos poder de tomar dinheiro emprestado lá fora, os que têm maior dificuldade de acesso ao BNDES, aqueles que têm uma dificuldade com o Banco do Brasil, esses são os que pagam preço mais caro, porque têm que pagar ele com taxa Selic e até um pouco mais", pontuou Lula.

"Primeiro, a gente precisa trazer a taxa de juros no Brasil para um patamar de juro razoável, que o mundo inteiro compreenda. Segundo, é preciso que a gente crie condições de facilitar que o dinheiro circule nesse país na mão do povo, porque se o dinheiro circular a gente resolve o problema", completou.

Lula tem realizado críticas reiteradas ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e também ao patamar da Selic.

No mês de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC resolveu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,50%, interrompendo o ciclo de cortes.