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Governo elabora plano para desenvolver 120 aeroportos regionais
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Iniciativa é realizada pelo Ministério dos Portos e Aeroportos e já está em contato com o Tribunal de Contas da União (TCU).
- Por Camilla Ribeiro
- 13/01/2024 15h29 - Atualizado há 9 meses
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está seguindo um plano para construir, reformar ou modernizar aproximadamente 120 aeroportos regionais em todo o país.
Sob a liderança de Silvio Costa Filho, o Ministério dos Portos e Aeroportos está desenvolvendo o plano e já consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) para estudar a possibilidade de estender contratos em troca de novos investimentos bilionários nos aeroportos regionais.
O ministro idealiza que entre 25 a 30 terminais no interior permaneçam sob a gestão da Infraero.
Após sete rodadas de privatizações no setor, a estatal realiza um único aeroporto de grande porte, o Santos Dumont (RJ).
Entretanto, a Infraero tem estabelecido convênios com estados e municípios para administrar ativos de entes federados.
Isso se enquadra no caso de Guarujá (SP), Passo Fundo (RS), Sorriso (MT) e Jericoacoara (CE), por exemplo.
Já os outros 90 a 95 aeroportos regionais ficariam, segundo o plano, sob administra das atuais concessionárias de grandes terminais.
Por meio delas seriam possíveis investimentos necessários para a construção, reforma ou modernização.
Além de assumirem a operação dessas unidades.
Em contrapartida, receberiam um adicional contratual para prolongar suas concessões.
Como um tipo de piloto do programa,a primeira prorrogação seria com a GRU Airport.
A validade do contrato da concessionária tem 20 anos, expirando em 2032.
É o primeiro, entre grandes aeroportos privatizados desde o governo Dilma Rousseff (PT), a vencer.
Por essa razão, ele foi o ativo escolhido para lançar esse plano, que provavelmente será expandido para as demais operadoras.
No início de dezembro, o Ministério de Portos e Aeroportos encaminhou ao TCU uma pesquisa em relação a chance de repactuação do contrato de Guarulhos, que esta em vigência desde 2012.
O presidente do tribunal, ministro Bruno Dantas, admitiu o plano de solução consensual feita pela pasta, no dia 28 de dezembro.
Neste momento, as partes iniciarão negociações para o aditivo, buscando receber anuência do órgão de controle para a prorrogação.
"A proposta inicial apresentada pelo Ministério de Portos e Aeroportos prevê como principal contrapartida a realização de investimentos e a assunção das operações de aeroportos regionais deficitários, a fim de contribuir para a efetividade da política pública de aviação regional", relata Dantas na decisão.
"Adicionalmente, poderão ser discutidos investimentos complementares no Aeroporto de Guarulhos e em seu entorno, desde que de forma consensual com os atores envolvidos e alinhado com o relevante interesse público".
No decorrer no âmbito do processo, serão abordados a precificação do prazo contratual; a base de plano de investimentos mínimos obrigatórios em sistemas de pistas e terminal de passageiros à luz dos requisitos dos aeroportos inseridos no Plano Aeroviário Nacional (PAN) de 2022.
E os investimentos atualmente demandados pelo contrato de concessão sobre à manutenção do nível de serviço definido para a concessão.
Caso a repactuação seja bem-sucedida, o governo planejar replicar a mesma fórmula com outras concessionárias, exemplo a Inframérica (responsável pelo aeroporto de Brasília) e com a Aena (operadora de Congonhas e de terminais no Nordeste).
Esta trata-se de uma abordagem distinta, sem recorrer recursos do Orçamento Geral da União (OGU), para realizar investimentos em aeroportos regionais.
Durante o governo Dilma, foram anunciados investimentos de RS 7.3 bilhões em 270 terminais no interior do país.
Porém, a maioria desses planos não se concretizou na realidade.