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  • Lula reafirma compromisso com o arcabouço fiscal durante conversa com ministros: "Não abro mão"


  • De acordo com o ministro das Relações Institucionais, o presidente disse que a regra auxilia para ampliar investimentos no país e recuperar políticas sociais

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, disse nesta sexta-feira (12) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou aos ministros que não deixará de cumprir o arcabouço fiscal.

Na semana anterior, o petista convocou à junta orçamentária formada pelos ministros da Economia e da Casa Civil, dando a determinação:

“Vocês façam o que têm que fazer. Contingenciar o que tiver que contingenciar. Se tiver que bloquear, vai bloquear. Mas eu vou cumprir o arcabouço fiscal”, informou Padilha, citando Lula.

"Não abro mão de cumprir a regra de crescimento de despesas, de teto do crescimento de despesas, que foi importante para dar a sinalização que esse país vai se esforçar em ampliar investimento, em recuperar políticas sociais, mas vai fazer isso dentro do limite que não deteriore o ambiente econômico e a saúde das contas públicas'", mencionou o ministro, reproduzindo o que foi dito pelo presidente.

Padilha informou essa declaração durante uma palestra na Fundação Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.

Padilha disse: “Autonomia do Banco Central precisa ser aprimorada”

Ademais, ainda no evento em São Paulo, Padilha afirmou que a autonomia do Banco Central (BC), aprovada em 2021, necessita de aperfeiçoamento. 

Ele também citou que os mecanismos de prestação de contas e fiscalização do órgão necessitam sofrer melhorias. 

"A gente aprovou há pouco tempo a autonomia do Banco Central. Vamos ter que aprimorar isso.”

“Faz parte do aprimoramento democrático. Temos que aprimorar quais são os mecanismos que a sociedade e o Congresso têm para fiscalizar e acompanhar a atuação do Banco Central", falou.

Conforme o ministro, o país necessitará "criar uma cultura" de prestação de contas constante.

"Uma parte da retomada do ciclo econômico passa por isso, para a gente afirmar um compromisso claro de combinar responsabilidade fiscal e ambiental” acrescentou.