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  • Coronel do Exército alvo de operação contra aliados de Bolsonaro é detido pela PF


  • De acordo com as investigações, o coronel é suspeito de organizar reuniões com militares "kids pretos" para agirem nas manifestações nos portões dos quartéis e nos atos do 8 de janeiro

A Polícia Federal prendeu o coronel Bernardo Romão Correa Neto ao chegar no aeroporto de Brasília durante a madrugada deste domingo (11).

O militar é um dos indivíduos alvos de mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele estava nos Estados Unidos, participando de um curso de medidas administrativas no Colégio Interamericano de Defesa, em Washington.

Segundo as informações do STF, o coronel está detido no Batalhão da Guarda Presidencial e passou por audiência de custódia às 11h deste domingo.

Entretanto, de acordo com informações da Corte, houve uma audiência apenas com o juiz e ainda haverá decisão de Moraes a respeito da prisão.

Ainda não há informações de quando deve acontecer.

Conforme as investigações, Corrêa Netto é suspeito de organizar reuniões com militares “kids pretos", ou também conhecidos como Forças Especiais (FE), para participarem em favor das manifestações nas portas dos quartéis e nas ações voltados às invasões no 8 de janeiro 2023, quando houve a depredação dos Três Poderes, em Brasília.

Os "Kids pretos" são militares da ativa ou da reserva do Exército, com especialização em operações especiais, treinados para participar de missões com alto grau de risco e sigilo. 

O trabalho abrange operações de guerra irregular, como terrorismo, guerrilha, insurreição, movimentos de resistência e insurgência.

A PF direcionou a operação contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar Corrêa Netto. 

Além de Corrêa, outros três militares foram presos na operação da PF.

Todos, incluindo o coronel, devem entregar seus passaportes, não poderão sair do Brasil e nem manter contato com os demais investigados.