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  • “Estou me sentindo menos na frigideira do que a três meses”, afirma Haddad


  • O podcast “O Assunto” entrevistou o ministro da Fazenda nesta segunda-feira (10).

"O meu partido tá cheio de gente de opinião, que pensa diferente, que estudou outra coisa. Eu não deixo também de conversar com o PT, de ir às reuniões da executiva, de explicar o que eu tô fazendo", diz Haddad.

Assuntos como relação com o Congresso, investimento no Brasil, as eleições, reforma tributária, bastidores da foto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e principalmente a relação com o PT e a pressão externa foram debatidos pelo ministro da fazenda, Fernando Haddad (PT).

Durante entrevista ao podcast "O Assunto", com Natuza Nery, Haddad falou sobre a temperatura política - chamado “fogo amigo”, dizendo que tudo diminuiu no momento 

“O amigo e o inimigo. O fogo diminuiu. Eu tô me sentindo menos na frigideira do que eu estava três meses atrás", diz Haddad.

Ele também falou sobre sua vida na carreira política:

“Tinha muita gente na chamada Faria Lima que falava ‘o Haddad não dá pra ser ministro da Economia’. Ou não acompanhou o meu trabalho na prefeitura, ou no ministério da Economia ou não eu o que eu escrevi na vida toda”.
"Eu tô há 23 anos nessa vida. Eu estou pouco habituado a viver altos e baixos sem me impressionar muito. Eu sei que o alto não é tão alto quanto parece, que o baixo não é tão baixo quanto parece", pontua Haddad.

Além disso, o ministro confirmou que se encontrará com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, nesta terça-feira (11).

Será discutido a reforma tributária e a progressão do texto no Senado, depois de ser aprovado pela Câmara.

“Nós temos que concluir a tramitação da PEC no Senado, mas nós não vamos aguardar o final da tramitação para mandar para o Senado a segunda fase da reforma”, relata.

Para o ministro, a unificação dos impostos contribuirá para o crescimento econômico e harmonizar o país, suas palavras.

“Nosso objetivo não é aumentar imposto, é melhorar a economia, porque o crescimento econômico é que tem que gerar uma maior arrecadação e não criação de tributo aumento de alíquota, não é isso. Então, veja só que a gente está procurando harmonizar os poderes. Nós queremos estamos conseguindo. Não é? Sensibilizar Congresso, Judiciário e agora, quem sabe, a partir de agosto, Banco Central, para buscar os resultados que a população tanto precisa”, declara.

Fernando Haddad frisou que o Brasil viveu uma tragédia economicamente em uma década, e para reverter esse cenário é necessário estabilizar a economia para que haja desenvolvimento.

"Nós não podemos voltar a continuar crescendo 1% em média, que foi o que aconteceu na última década. Foi uma década trágica na história brasileira. De 2013 a 2022, foram 10 anos que vão marcar a nossa história e são anos que vão ensejar muitos estudos para saber o que de fato aconteceu. Espero que essa década tenha ficado para trás e que 2023 inaugure um novo ciclo", explica.

Aproveitou para dizer que na última sexta-feira (7) foi apresentado o Plano de Transição Ecológica, para o presidente Lula, segundo ele é a grande marca do governo atual.

"Foram mais de duas horas no Palácio do Alvorada, sem telefone, assessor ... Ele estava concentrado na apresentação, com todas as oportunidades de transição para trazer ao Brasil oportunidade de emprego e renda, colocando o país no século 21”

“Eu vi os olhos do presidente brilhar”, finaliza Haddad.

Um projeto de 100 ações que irão perpetuar em quatro anos, abrangendo reforma tributária, explorações de terras raras, até o crédito de carbono.