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  • Segurança para celular: app deve bloquear sem impedir rastreio; aparelho vai alertar roubo ao receber novo chip


  • Um programa piloto inspirado em protocolo usado no Piauí será testado em 11 estados. O governo também quer 'lista suja' que permita verificar se o telefone é roubado ao comprar.

Até o fim do ano, o governo federal planeja lançar um protocolo piloto para o Celular Seguro, um aplicativo que bloqueia aparelhos telefônicos roubados.

A expectativa é permitir que o dono do telefone possa bloquear tudo ou aplicativos específicos, mas mantenha o aparelho em condições de rastreio.

Está prevista também a criação de uma "lista suja", que permita a quem quiser comprar um telefone verificar o IMEI, um número de identificação internacional do aparelho, para saber se há algum tipo de bloqueio ou alerta de ocorrências associado ao telefone.

Piloto será testado em 11 estados

O Protocolo Nacional de Recuperação de Celulares está sendo elaborado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com 11 governos estaduais.

Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins foram selecionados porque já utilizam um sistema de procedimentos policiais eletrônicos.

A tentativa é replicar nacionalmente a experiência do governo do Piauí no tema, considerada bem-sucedida.

"A proposta é uniformizar a atuação policial em resposta a esse tipo de crime, agregando tanto a segurança em ambiente digital, por meio dos bloqueios dos aplicativos e do próprio celular, quanto a recuperação dos aparelhos furtados ou roubados", disse o MJSP em nota.

Modo de recuperação

De acordo com o ministério, a próxima atualização do aplicativo irá trazer opções para o dono do aparelho realizar o bloqueio total (aplicativos, aparelho e chip) ou apenas os aplicativos e o chip.

Para o segundo caso, será acionado um "modo de recuperação", no qual o aplicativo será informado automaticamente caso um novo chip seja instalado no aparelho furtado ou roubado. 

Essa comunicação ao aplicativo ficará a cargo das operadoras de telefonia.

A partir do comunicado, a polícia poderá agir, por isso está sendo criado um protocolo nacional de atuação, a ser testado nos 11 estados participantes da iniciativa piloto.

"As ações serão executadas em menor escala para que, sendo identificada qualquer necessidade de ajuste, seja mais simples reparar, já que o impacto deverá ser mais controlado. Tendo êxito na execução do piloto, o MJSP irá ampliar a iniciativa para todos os estados do País", informou o MJSP.

O ministério quer permitir que qualquer pessoa possa descobrir, ao comprar um aparelho, se há alguma restrição ao equipamento relacionada a furto ou roubo.