Zerar o desmatamento até 2030 é responsabilidade dos países que possuem a floresta amazônica diz Lula, na Colômbia

Fazendo referência com as metas estabelecidas pelo Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (8) que os países com os territórios cobertos pela floresta amazônica também podem se responsabilizar com o desmatamento na região até 2030, chegando a zerar.

A declaração foi feita na Colômbia, durante viagem à Leticia, sendo um encerramento para a Reunião Técnico-Científica da Amazônia, planejada pelo próprio governo colombiano.

Uma mostra da Cúpula da Amazônia que o Brasil ofertará entre 8 e 9 de agosto, em Belém (PA). O evento ocorreu com a participação do presidente colombiano, Gustavo Pedro, o qual convidou Lula para o evento.

Sobre a cúpula, ela reunirá os presidentes dos países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e como já dito, Lula gostaria de ver esses países também assumindo a responsabilidade de zerar o desmatamento até 2030.

Segue os países membros:

•Bolívia

•Brasil

•Colômbia 

•Equador

•Guiana

•Peru

•Suriname 

•Venezuela

"Meu governo está comprometido a zerar o desmatamento até 2030. Esse é um compromisso que os países amazônicos podem assumir juntos na cúpula de Belém", declarou Lula.

Lula e Pedro receberam durante o encontro resultados de especialistas, representantes, pesquisadores dos povos indígenas na sociedade civil de entidades que prestam ajuda.

Segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a viagem de Lula à Amazônia ocorre um período de queda no ritmo de desmatamento.

Sendo opositor à política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PR), que tornou vulnerável  a fiscalização na Amazônia, Lula segue com a preservação da floresta, sendo uma das principais bandeiras que ele defende nas viagens internacionais.

Na primeira temporada de 2023, o desmatamento caiu 34% em relação aos seis primeiros meses de 2022.Junho foi exemplo de maior queda, 41% comparado ao mesmo mês de 2022.

Patrimônios para países com florestas

"Vamos ter de exigir juntos que os países ricos cumpram seus compromissos incluindo a promessa feita em Copenhague em 2019, de 100 milhões de dólares por ano para ação climática, afinal foram eles que emitiram historicamente a maior parte dos gases de efeito estufa", disse Lula.

Petro frisou que as promessas dos países não foram realizadas, o que dificulta na preservação das florestas. Segundo ele, US$ 3,3 bilhões de dólares é um investimento obrigatório para combater as mudanças climáticas.

"Isso significa uma mudança no sistema financeiro mundial, significa uma mudança nas relações econômicas mundiais, significa priorizar a vida em vez do capital", relatou.