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PT apoia fim da anistia e PEC em relação aos militares
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O documento, aprovado pelo Diretório Nacional do PT, também faz crítica à estratégia de comunicação e defende atuação estratégica nas redes
- Por Camilla Ribeiro
- 07/12/2024 18h22 - Atualizado há 2 semanas
O Diretório Nacional do PT compartilhou neste sábado (7) uma resolução, a qual deseja o fim das discussões sobre a anistia aos condenados devido aos ataques criminosos do 8 de janeiro.
Além disso, defende a volta dos debates sobre a PEC para limitar a participação de militares na política.
O documento do PT também aborda o fim da escala 6x1 e a regulamentação das bets
O partido exige uma mudança na estratégia de comunicação do governo e um posicionamento mais direcionado nas redes sociais.
Confira os principais fatores da resolução:
•Não à anistia: O PT sugere “sepultar a proposta para anistiar os golpistas” e cobra a punição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a todos os envolvidos na tentativa de golpe.
•Extrema direita: “O enfrentamento contra o radicalismo violento da extrema direita bolsonarista permanece uma prioridade inegociável”, afirma o texto.
•Forças Armadas: Retomar a articulação de uma proposta de emenda constitucional que altera o artigo 142 sobre as Forças Armadas e estabelece que elas não possuem poder moderador, bem como obriga todos os militares que se candidatarem em eleições a ir para a reserva.
•Articular e comunicar: priorizar aliados, dialogar com as bases, seja ela católica ou evangélica, uso maior de cadeia de rádio e TV e melhoria na comunicação digital.
•Regras para bets: a regulamentação das apostas on-line é apontada como umas prioridades. O texto classifica a atividade como uma exploração “da boa-fé”.
•Super-ricos: A taxação do patrimônio dos super-ricos, seguindo “as maiores economias do mundo”, deve ser central nas articulações do governo em 2025.
•Foco no trabalhador: trabalhar pela tarifa zero no transporte (criação de um sistema único de mobilidade universal e gratuito, aos moldes do SUS) e fim da escala 6×1.
•Combate à fome: até o fim do mandato atual, erradicar completamente a fome — o texto cita “o ocorrido em 2014”. Combater a alta dos preços dos alimentos.
Estratégia de comunicação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou, nesta sexta-feira (6), um posicionamento mais decisivo do partido nas redes socais.
O presidente debateu por videoconferência no seminário “A realidade brasileira e os desafios do PT”.
Lula falou que é obrigado a fazer “as correções necessárias” e que deseja executá-las a partir de 2025.
“Há um erro, um equívoco meu na comunicação”, afirmou Lula.
Continuou sua fala dizendo que pretende organizar essa área, pois não são os adversários políticos que vão falar bem do governo.
“Somos nós que temos que falar bem de nós. Precisamos fazer as coisas do jeito que precisa ser feito”.
“A comunicação sempre foi objeto dos nossos debates e é sempre uma área a ser melhorada”, disse a presidente da sigla, deputada Gleisi Hoffamnn (PT-PR), durante conversa com jornalistas neste sábado (7).
Perguntada em relação a troca na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, chefiada pelo ministro Paulo Pimenta (PT-RS), Gleisi afirmou que não acredita que a resolução tenha esse potencial.
De acordo com a presidente do PT, o governo deveria utilizar frequentemente meios de comunicação, como o rádio e a TV, para falar com a sociedade.