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Brasil 'não poupará esforços para evitar escalada do conflito', disse o presidente Lula sobre a guerra entre Israel e Hamas
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O Itamaraty condenou o ataque e anunciou a convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU – presidido pelo Brasil neste mês. Ataque do Hamas deixou mais de 290 mortos.
- Por Camilla Ribeiro
- 07/10/2023 19h13 - Atualizado há 1 ano
O presidente Lula (PT) escreveu em rede social neste sábado (7) que o Brasil "não poupará esforços" para impedir a escalada do conflito no Oriente Médio entre os israelenses e palestinos.
O movimento islâmico armado Hamas bombardeou Israel na manhã deste sábado, segundo o horário local, durante um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.
De acordo com os serviços de emergência, até as 13h deste sábado (no horário de Brasília) aproximadamente 298 pessoas tinham morrido.
Esse número incluía 100 óbitos em Israel e 198 na Faixa de Gaza, a partir da retaliação israelense. Havia, ainda, outros milhares de feridos.
"Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", escreveu Lula.
"Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", continuou, na mensagem.
O Ministério das Relações Exteriores já havia emitido nota mais cedo condenando os ataques e informando a convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, que em outubro é presidido pelo Brasil, membro rotativo do colegiado.
"O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz", diz o comunicado do Itamaraty.
Ataques em Israel
Os ataques ocorreram principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza”.
O grupo Hamas reivindicou o ataque e declarou se tratar do início de uma grande operação para a retomada do território.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em resposta aos ataques, disse que seu país está em estado de guerra. O premiê lançou a operação "Espadas de Ferro" e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. O país convocou uma grande quantidade de reservistas.
"Estamos em guerra e vamos ganhar", disse Netanyahu. "O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."