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Pacheco diz que estados terão igual tratamento na reforma tributária: 'Somos um só país'
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Romeu Zema é infeliz com fala polêmica e Pacheco rebate afirmando que todos os estados receberão o mesmo tratamento.
- Por Camilla Ribeiro
- 07/08/2023 13h24 - Atualizado há 1 ano
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, disse a interlocutores que todos os estados e o Distrito Federal receberão tratamento igualitário na tramitação da reforma tributária.
Essa afirmação foi um contraponto às declarações feitas pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, durante entrevista ao "Estado de S. Paulo" sobre a criação de um consórcio para defender os interesses do Sul e do Sudeste.
A fala de Zema foi classificada quase como uma "declaração de guerra" entre essas regiões do país.
Pacheco, mineiro como Zema, disse observar que alguns governadores estão em "modo eleição" – e que isso não pode contaminar a votação da reforma tributária.
Pacheco considerou as declarações de Zema como "muito infelizes", avaliou que o governador errou e disse esperar que o governador mineiro recue do anúncio.
"Não cultivamos em Minas a cultura da exclusão. JK, o mais ilustre dos mineiros, ao interiorizar e integrar o Brasil, promoveu a lógica da união nacional. Fiquemos com seu exemplo. Ao valoroso povo do Norte e Nordeste, dedico meu apreço e respeito. Somos um só país", declarou Pacheco.
O presidente do Senado ressaltou também , que a tributária é a reforma mais importante do país em muitos anos.
Além de ter potencial para impulsionar o crescimento do Brasil.
Na prática, Pacheco trabalha para que as declarações de Zema não prejudiquem a tramitação do texto durante sua aprovação.
O senador lembrou em sua fala que, no início do ano, parlamentares do Norte e do Nordeste confiaram voto a ele para presidir o Senado e o Congresso Nacional pelos próximos dois anos.
A expectativa no Senado é que a reforma tributária seja aprovada na Casa até o final de outubro.
E que as eventuais mudanças sejam chanceladas pela Câmara até o fim do ano.
Nesse cenário, o texto poderia ser promulgado ainda em 2023 e o Congresso poderia regulamentar as novas regras em 2024.
O governo também conta com os mesmos prazos para elaborar o Orçamento do próximo ano e viabilizar promessas como o Novo PAC e a valorização do salário mínimo.