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  • PF encontrou no celular de Cid minuta de operação de garantia da lei e da ordem e menção a estado de defesa


  • De acordo com investigadores, está provado que o ex-braço direito de Bolsonaro participou de planos golpistas após a derrota do ex-presidente nas eleições.

O celular apreendido do coronel Mauro Cid, braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro, passou por perícia da Polícia Federal (PF).

Do aparelho foi extraído muitas trocas de mensagens, áudios e trocas de documentos sobre movimentos golpistas para manter o então presidente no poder após a derrota nas urnas.

Em depoimento a Polícia Federal nesta terça-feira (06), Mauro Cid foi questionado sobre isso, mas ficou em silêncio.

De acordo com fontes que acompanha o caso, foram identificadas minutas para decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que permite exclusivamente ao presidente da República convocar operação militar das Forças Armadas, isso em graves situações de perturbação da ordem. E também tratativas para decretação do Estado de Defesa.

Segundo as investigações, ficou mais que provado, que Mauro Cid participou ativamente de planos golpistas após as eleições para presidente.

Muitas interlocutores dele, que foram identificados nas perícias, estão agora sendo observados pela PF. O inquérito está avançando nesse sentido, porém alguns nomes ainda são mantidos sob sigilo absoluto, pelo cargo de destaque que ocupava no governo anterior.

No entanto,  alguns já foram chamados para depor e outros foram detidos na mesma operação da PF que levou Mauro Cid para a prisão no começo de maio.

Dentre os nomes flagrados nas tramas para um golpe, temos o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid.

O sargento prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (07), na sede da PF em Brasília.

Quem é Mauro Cid?



É um oficial com mais de 20 anos de Exército e trabalhou para a função de ajudante de ordens do ex-presidente pouco antes da posse, em 2018.

Concluiu Academia Militar das Agulhas Negras em 2000, também foi instrutor da própria academia e fez os principais curso de carreira militar tendo sempre ficado entre os melhores da turma.

Mauro Cid foi escolhido pelo presidente para resolver missões “duvidosas” como o caso das joias milionários vindas da Arábia Saudita.

Foi o coronel quem articulou para recuperar os bens retidos pela Receita Federal no aeroporto e Guarulhos.

Ele foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (03), investigado como um dos suspeitos de inserir dados falsos de vacinação contra a COVID-19 no sistema do Ministério da Saúde.

Mauro Cid também é suspeito no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), por envolvimento no vazamento de informações sigilosas sobre um suposto hacker que invadiu o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).