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Em depoimento Bolsonaro diz à CGU que ex-chefe da PRF nunca atuou em seu benefício nas eleições
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O ex-presidente respondeu 9 perguntas feitas pela defesa de Silvinei Vasques na CGU
- Por Camilla Ribeiro
- 05/11/2024 16h37 - Atualizado há 2 dias
Na manhã desta terça-feira (5), ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU),.
O depoimento do ex-presidente teve a duração de mais ou menos uma hora e está no âmbito da investigação que apura a conduta do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, durante as eleições de 2022.Bolsonaro foi questionado se ele pediu que Silvinei Vasques atuasse em benefício dele durante a campanha eleitoral de 2022. Ele respondeu que não.
O ex-presidente também foi questionado se ele pediu a Vasques que fizesse campanha para ele. Também negou. Ele respondeu 9 perguntas durante a comissão.
Outro ponto abordado durante o interrogatório foi o desfile de 7 de Setembro, onde Vasques esteve ao lado do então presidente. Ele teria dito ser de praxe, Silvinei, chefe de uma instituição, estar ao lado da autoridade maior hierarquicamente.
O depoimento ocorreu por videoconferência e o nome de Bolsonaro foi indicado como testemunha pela defesa de Vasques.
A defesa de Silvinei também indicou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, como testemunha.
No caso de Anderson, o depoimento será por escrito. Os dois não podem manter contato, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por meio desses depoimentos, a comissão da CGU dará um parecer se Silvinei realizou desvio funcional enquanto era chefe da PRF ou não.
O processo
A investigação contra Silvinei Vasques teve início ainda na Corregedoria da PRF. O processo foi requisitado pela CGU.
Ele é alvo por ter pedido, abertamente, votos para Bolsonaro ao longo da campanha presidencial de 2022, além de ter presenteado o então ministro, Anderson Torres, com uma camisa do Flamengo que estampava o número 22 – usado pelo ex-presidente nas urnas.
Ainda como chefe da instituição, ele participou de eventos públicos, deu entrevistas e fez publicações em redes sociais a favor de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Na conclusão caso pode levar de advertência à cassação da aposentadoria dele como policial.