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STF liberta Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
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A decisão do ministro Alexandre de Moraes aconteceu após pedido do advogado do tenente-coronel, Cezar Bittencourt.
- Por Camilla Ribeiro
- 03/05/2024 18h16 - Atualizado há 7 meses
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu libertar da prisão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), na tarde desta sexta-feira (3).
Mauro Cid sai da prisão com exatamente um ano após a sua primeira prisão, que ocorreu em 3 de maio de 2023.
Moraes concedeu a liberdade provisória de Cid, no entanto, manteve medidas cautelares que foram definidas no processo, como não falar sobre as investigações, motivo que gerou a prisão em 22 de março.
"Além disso, em seu pedido de liberdade provisória, o investigado reafirmou a validade dos relatos prestados em sede policial e informou que, em liberdade, continuará contribuindo com as investigações", declarou Alexandre de Moraes, em sua decisão.
O acordo de colaboração premiada firmado pelo militar com a PF também foi mantido pelo ministro de forma integral.
Cid desmaiou ao ser preso
Durante depoimento à Polícia Federal (PF), após o vazamento de áudios em que atacou a corporação e o Supremo Tribunal Federal (STF), Cid foi preso novamente em 22 de março.
Ele foi ouvido por aproximadamente 30 minutos por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, e quando soube que seria preso novamente foi acometido por um desmaio.
A segunda prisão aconteceu porque o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro quebrou o sigilo da delação com a PF, homologada por Moraes, e falou sobre as investigações.
Em áudios, Cid disse a um interlocutor não identificado que o STF e a Polícia Federal (PF) estão com a narrativa pronta acerca das investigações, como a venda de joias recebidas de outros países e a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula.
“Eu vou dizer o que eu senti: eles já estão com a narrativa pronta deles, é só fechar e eles querem o máximo possível de gente para confirmar a narrativa deles. É isso que eles querem”, disse o tenente-coronel", disse na gravação.
Anteriormente, Cid passou quatro meses na prisão em um batalhão, em 2023, quando estava sendo investigado na operação sobre a falsificação de cartões de vacinação de Jair Bolsonaro, parentes e assessores.
Promoção não ocorreu
A alta cúpula militar não promoveu Mauro Cid, tornar-se coronel seria uma possibilidade mesmo preso a promoção era provável de acontecer essa semana, isso porque Cid ainda não foi condenado.
Caso a condenação aconteça a pena será mais de 2 anos com restrição de liberdade, o tenente-coronel deixará de ser militar e seu salário será repassado à esposa, como acontece quando um militar morre.