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  • O presidente Lula aguarda o desenrolar do conflito entre Israel e Irã para avaliar impactos reais no Brasil


  • O governo precisa de um tempo maior para avaliar o impacto que o conflito entre Israel e Irã terá para o Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera o desenrolar  do conflito entre Israel e Irã para ter uma avaliação mais precisa dos possíveis impactos da crise entre os dois países no Brasil.

De acordo com diplomatas e assessores do presidente, é preciso paciência e esperar um pouco para ter uma visão mais clara do que vai acontecer no Oriente Médio.

Dois fatores influenciarão diretamente no clima na região: a reação de Israel e sua intensidade; e como se comportarão os Estados Unidos, se atuarão militarmente ao lado de Israel ou tentarão dissuadir o seu aliado a não responder à altura para evitar uma guerra regional.

O petróleo chegou a subir 5%, nesta terça-feira (1º), no entanto, depois recuou para uma alta na casa de 3,5%. Esse movimento não é preocupante para um barril na casa dos US$ 74. E o dólar teve leve alta.

Porém, se o conflito se transformar numa guerra regional, o barril do petróleo pode apresentar um grande aumento de preço.

Esse aumento teria um impacto positivo na balança comercial do Brasil, mas um efeito negativo de gerar mais pressões sobre a inflação, tirando do horizonte uma redução do preço dos combustíveis neste fim de ano.

As falas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e também do embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, trouxeram preocupações de que o pior cenário possa acontecer, com o Irã revidando os ataques israelenses.

Dessa maneira , há uma grande expectativa para a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta quarta (2) para tentar conter os ânimos no Oriente Médio.

Netanyahu disse que o Irã cometeu um grande erro e vai pagar por ele. O embaixador disse que “Israel vai decidir quando e como vai responder, mas serão algo notado e doloroso”.

Caso isso ocorra, haverá um crescimento no conflito, com risco de se tornar numa guerra regional. E o Irã já avisou que irá reagir com ataques mais intensos sobre a infraestrutura israelense.