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  • 91 Lojas Marisa Serão Fechadas Neste Ano


  • Entre os meses de março e abril, a Marisa já encerrou as atividades de 25 lojas consideradas 'deficitárias'.

A Marisa, empresa do setor varejista, anunciou recentemente que planeja fechar 91 de suas lojas como parte de um plano de recuperação da geração de caixa e rentabilidade. De acordo com a administração da empresa, essas unidades são consideradas 'deficitárias'.

A empresa informou aos acionistas que, até o momento, já fechou 25 lojas entre março e abril, e mais 26 unidades serão encerradas ao longo de maio.

Além disso, a Marisa anunciou ter renegociado dívidas com 90% dos fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis. Essas negociações são parte dos esforços da empresa para lidar com sua dívida líquida, que está em torno de R$ 461 milhões, de acordo com o balanço do primeiro trimestre.

Fechamento de uma filial da Marisa no Paraná — Imagem: reprodução

A varejista destacou alguns fatores que contribuíram para a necessidade de implementar medidas de recuperação. Entre eles estão:

•    o cenário macroeconômico adverso, que pode afetar o consumo e a demanda por produtos
•    as importações ilegais que não pagam as devidas tributações e 
•    as elevadas taxas de juros que impactam os custos financeiros da empresa.

"Estamos acompanhando de perto a evolução das iniciativas do governo federal para o setor de varejo no Brasil, que objetivam coibir a concorrência desleal e reestabelecer a isonomia tributária", diz a nota do diretor-presidente da Marisa.

A Marisa apresentou resultados mistos no primeiro trimestre de 2023. Enquanto a receita líquida do varejo teve um crescimento de 1,3%, totalizando R$ 440,5 milhões, o desempenho nas vendas digitais registrou uma queda significativa de 32,5%, com uma receita bruta de R$ 43,1 milhões.

No segmento de lojas físicas, a empresa teve um bom desempenho, com um crescimento de 5% no faturamento, mesmo considerando o fechamento de 14 lojas no período mencionado.

No entanto, a operação do MBank teve uma redução na receita, alcançando R$ 137 milhões e registrando uma queda de 12,9% em comparação com o ano anterior.

Em relação aos custos, houve um aumento de 4% no CPV (custo de produto vendido), enquanto as despesas operacionais tiveram uma pequena queda de 4,5%.

O resultado final do trimestre foi um prejuízo líquido de R$ 148,9 milhões, representando um aumento de 64,2% em comparação com o mesmo período de 2022.