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Bolsonaro Nega Ter Conhecimento Sobre Fraude No Cartão De Vacinação
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Ex-presidente prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta terça-feira (16); ele confirmou que não se vacinou
- Por Anderson Santos
- 16/05/2023 21h53 - Atualizado há 1 ano
Durante seu depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não possuir qualquer informação sobre um suposto esquema de fraude de dados de vacinação contra a Covid-19. Bolsonaro compareceu à sede da PF, localizada na área central de Brasília, por volta das 13h30 e deixou o prédio pouco antes das 18h.
Bolsonaro confessou que conhece Ailton Barros Gonçalves - que encontra-se detido desde 3 de maio por suspeitas de envolvimento no esquema. O ex-presidente estava acompanhado por seus advogados, bem como pelo ex-secretário de Comunicação Social de sua gestão, Fábio Wajngarten.
Durante seu depoimento ele afirmou que, caso Mauro Cid tenha arquitetado o esquema fraudulento dos cartões de vacinação, teria agido por conta própria, sem seu conhecimento ou orientação. Ele ressaltou, no entanto, que acredita na inocência do seu ex-ajudante de ordens.
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“Não determinou a inserção de dados fraudulentos nos sistemas; que acredita que Mauro Cid não tenha arquitetado a inserção de dados falsos em seu nome e em nome da sua filha no sistema do Ministério da Saúde; que esclarece que a todo momento ecoou ao mundo que não foi vacinado; que comprou mais 500 milhões de doses de vacina; que respeitou a liberdade de cada brasileiro de tomar ou não a vacina, e autonomia do médico", escreveu a PF.
Durante o interrogatório, os agentes questionaram Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de Ailton Barros ter compartilhado mensagens com conteúdos extremistas. Ele também respondeu que não participou nem orientou qualquer ato de insurreição ou subversão contra o Estado de Direito.
O depoimento faz parte da Operação Venire, que investiga uma suposta associação criminosa responsável por inserir informações falsas de vacinação nos sistemas públicos.
Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro deveria ter prestado esclarecimentos no dia da ação, mas optou por não fazê-lo devido à falta de acesso aos autos do inquérito.