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  • Brasil Produz E Exporta Bomba Proibida Em 120 Países


  • O Brasil é um dos países que não assinou o acordo de proibição da bomba de fragmentação. Três empresas estão lucrando com este armamento

As bombas de fragmentação, também conhecidas como cluster, é um dos armamentos produzidos e exportados pelo Brasil para outras regiões de conflito, embora não haja informações específicas sobre o envio dessas bombas à Ucrânia para uso na guerra contra a Rússia.

No entanto, é importante ressaltar que essas bombas são proibidas em 120 países devido ao seu alto risco para civis e à violação do direito internacional dos conflitos armados.

Esse tipo de armamento consiste em uma cápsula que contém várias submunições, que são lançadas e se espalham em uma ampla área (veja o vídeo abaixo).

Princpípio de funcionamento da bomba de fragmentação — Foto: Reprodução

Contudo, elas apresentam um grande perigo, pois não são capazes de distinguir entre civis e alvos militares.

Além disso, essas bombas podem falhar durante o lançamento e permanecer armazenadas no local, representando um risco mesmo após o conflito, até que a área seja descontaminada.


Brasil Não Assinou Acordo De Proibição

Uma convenção internacional em 2008 proibiu a fabricação e o uso dessas bombas nos países signatários do acordo. No entanto, o Brasil tem se recusado a avançar na discussão sobre a proibição e não assinou o acordo.

Atualmente, três empresas brasileiras produzem esse tipo de explosivo, que já foi vendido para diversos países, como Irã, Iraque, Malásia, Arábia Saudita e Zimbábue.

“Inclusive, eu chamo a atenção para o fato de que essas bombas brasileiras foram utilizadas pela Arábia Saudita no Iêmen em 2016/2017”, informa Cristian Wittmann, professor de direito da Unipampa. 

o Brasil tem se negado a avançar na discussão e a assinar o acordo internacional que proíbe as bombas de fragmentação. Essa postura é motivada, em grande parte, pelo fato de o Brasil ser um produtor e exportador dessas armas.