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  • Alexandre De Moraes Bloqueia Redes Sociais De Monark


  • O descumprimento da ordem pode gerar multa diária de R$ 10 mil a ele e de R$ 100 mil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma determinação para bloquear as redes sociais do influenciador Monark.

Caso haja descumprimento, Monark e as plataformas serão sujeitos a multas diárias de R$ 10 mil e R$ 100 mil, respectivamente.

Além disso, Monark está proibido de divulgar notícias falsas. A decisão foi tomada após a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificar uma publicação do influenciador contendo uma entrevista com o deputado federal Filipe Barros (PL-PR), na qual foram veiculadas informações inverídicas sobre a integridade das instituições eleitorais.

De acordo com Moraes, é importante destacar o papel dos instigadores de ações, especialmente nas redes sociais, ressaltando que esses meios de comunicação são parte essencial da empreitada criminosa que resultou nos eventos chocantes presenciados em 8 de janeiro de 2023, bem como nos atos subsequentes programados para os dias seguintes.

"Conforme ressaltei por ocasião da decisão proferida em 8/1/2023, os desprezíveis ataques terroristas à democracia e às instituições republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, os instigadores e os anteriores e atuais agentes públicos coniventes e criminosos, que continuam na ilícita conduta da prática de atos antidemocráticos", disse o ministro Moraes.

O bloqueio de diversas contas de Monark já havia sido determinado anteriormente, mas ele criou um novo canal na plataforma Rumble, onde já acumula 287 mil seguidores, e continuou divulgando notícias falsas sobre o STF e o TSE.

Por esse motivo, torna-se necessário, adequado e urgente interromper qualquer possível propagação de discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática, bloqueando as contas nas redes sociais e assim evitando lesões ou ameaças a direitos.

Em 2022, o youtuber e podcaster Monark gerou polêmica ao defender a existência de um partido nazista. Durante uma entrevista com os deputados Kim Kataguiri (União-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), ele afirmou que a lei deveria permitir a existência de um partido nazista no Brasil, uma declaração que causou controvérsia. Segundo ele: "A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. Ambas deveriam ter espaço, na minha opinião. [...] Eu acho que o partido nazista deveria ser legalmente reconhecido".