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  • Coréia Do Norte Causa Terror Após Lançamento De Missil


  • Milhões de pessoas tiveram um alerta chamado “J”, ou ordem de evacuação, antes das 8h da manhã

Um míssil vindo da Coréia do norte causou pânico na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, depois que o monitoramento de alerta de emergência do governo japonês, alertou os moradores do país para se protegerem de uma ameaça.

Milhões de pessoas tiveram um alerta chamado “J”, ou ordem de evacuação, antes das 8h da manhã, solicitando a toda população que se escondessem em abrigos, visto que o míssil poderia cair na ilha ou próximo a ela.

Após o sinal de emergência, o pânico se transformou em desagrado e confusão quando a ordem de retirada foi cancelada em meio a relatos de que havia sido enviada por engano, com as policias locais alegando que não havia possibilidade de o míssil atingir a ilha e Tóquio posteriormente afirmando que havia caído fora do território japonês, nas águas da costa leste da península coreana.

Muitos moradores ficaram indignados com a decisão da emissão do alerta.

“Qual é a utilidade do Alerta J, que avisa sobre a queda de um míssil, quando você não sabe onde ele vai cair?” perguntou um usuário do Twitter. “No final, isso não serve para outro propósito senão incutir no povo japonês a sensação de que o Japão está sendo atacado e assustá-los”, completou.

O secretário chefe do gabinete do Japão, Hirokazu Matsuno, defendeu a ideia do governo em uma coletiva de imprensa em Tóquio, porém concordou que “não corrigimos as informações emitidas pelo Alerta J”.




Ele contou que o sinal era “apropriado”, devido as informações limitadas disponibilizadas na época, e afirmou que o governo atualizou o sinal de emergência assim que foi confirmado que o míssil não cairia perto de Hokkaido.

Outros problemas já aconteceram envolvendo o sinal da “J-Alerts”. Em outubro do ano passado, o Japão pediu desculpas a população pelo mau funcionamento do sistema de alerta precoce, quando moradores em nove cidades e vilas da ilha de Tóquio tiveram que evacuar por um alerta de engano.

Na situação em questão, a Coreia do Norte havia disparado um míssil balístico, porém não passou por cima das comunidades que receberam os alertas.

O alerta mais recente aconteceu após a Coreia do Norte disparar o que parecia ser um míssil balístico de médio ou longo alcance de uma área perto de Pyongyang, na quinta-feira, segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

A Casa Branca alegou que “condena veementemente” o teste de míssil. “Este lançamento é uma violação descarada de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e aumenta desnecessariamente as tensões e os riscos de desestabilizar a situação de segurança na região”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, em comunicado.

“A porta não se fechou para a diplomacia, mas Pyongyang deve cessar imediatamente suas ações desestabilizadoras e, em vez disso, escolher o engajamento diplomático. Os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para garantir a segurança da pátria americana, da República da Coreia e dos aliados japoneses”, acrescentou Watson.

O exercito sul-coreano acreditou que Pyongyang estava em teste com um novo míssil balístico, que apresentou em um desfile militar, de acordo com um oficial militar.

Esse míssil esperasse que tenha sido movido a combustível sólido, um tipo de míssil que pode ser lançado de forma mais rapida e movimentado com mais flexibilidade do que os mísseis de longo alcance movidos a líquido que a Coreia do Norte testou no ano passado.

Um trabalhador acrescentou que há expectativa de que a Coreia do Norte tenha entrado em fase de testes para testar uma parte de um satélite de reconhecimento, como um sensor.

O país norte coreano alegou em 2022 que terminaria os preparativos para lançar um satélite de reconhecimento militar até este mês de abril de 2023.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul conta que o projétil foi lançado a cerca de 1.000 quilômetros num nível alto.

O secretário-chefe do gabinete, Matsuno, nomeou o lançamento de “um ato ultrajante que aumenta as provocações contra toda a comunidade internacional”.

“A série de ações da Coreia do Norte, incluindo seus repetidos lançamentos de mísseis balísticos, é uma ameaça ao Japão, à região e ao mundo”, disse Matsuno.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul alegou que o lançamento foi um “ato significativo de provocação” e instou Pyongyang a parar imediatamente, reiterando que os lançamentos de mísseis balísticos violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU

Somente esse ano já foram 12 mísseis lançados pela Coreia do norte.