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  • Escolas Cívico-Militares: Estados Decidem Mantê-las Mesmo Após Governo Lula Declarar Fim Do Programa


  • Alguns estados como São Paulo, Santa Catarina, Paraná e outras unidades federativas, expressaram a intenção de manter o modelo de ensino cívico-militar em suas redes públicas de educação.

Após o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) pelo governo federal, alguns estados optaram por manter esse modelo de ensino em suas redes públicas.

Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas anunciou que pretende criar um programa próprio de escolas cívico-militares, visando expandir essa abordagem para mais unidades escolares em todo o estado.

Santa Catarina também decidiu manter o modelo em suas nove escolas que já adotavam essa metodologia, e o governo estadual está estudando um novo nome para o projeto.

No Paraná, os doze colégios cívico-militares vinculados ao programa federal serão transferidos para a rede estadual, que já possui outras 194 escolas nesse formato, geridas com recursos próprios.

Outros estados como Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Rondônia e Distrito Federal informaram que possuem escolas cívico-militares independentes do programa federal e não serão afetados pela decisão recente do governo.

Minas Gerais e Amazonas estão analisando a situação para tomar uma decisão sobre o futuro das escolas vinculadas ao Pecim.

O Fim Do Pecim

Nesta quarta-feira (12) o Ministério da Educação comunicou oficialmente às secretarias estaduais de educação sobre a descontinuidade do programa, indicando que outras estratégias de políticas educacionais devem ser priorizadas. .

O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi lançado em 2019 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, com a meta de instalar 200 escolas cívico-militares até 2023.

É importante ressaltar que o modelo cívico-militar difere das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. Segundo o governo anterior, as secretarias estaduais de Educação continuariam responsáveis pelos currículos escolares, que são os mesmos das escolas civis. 

Os militares, que podem ser membros da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares.