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  • PL Das Fake News: Moraes Cobra Investigação Dos Diretores Do Google E Telegram


  • Moraes pede investigação para apurar se houve campanha abusiva contra PL das Fake News

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu instaurar um inquérito com o intuito de investigar os diretores e responsáveis do Google e Telegram que possam ter se envolvido em uma campanha contrária ao projeto de Lei das Fake News.

O ministro estabeleceu um prazo inicial de 60 dias para que a Polícia Federal conduza as investigações. A Procuradoria Geral da República emitiu uma nota, dizendo:

"O cenário fático narrado aponta para a existência de elementos de informações mínimos da prática de conduta delituosa que fundamentam a possibilidade de instauração de procedimento de investigação sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal".

PL Das Fake News

O Projeto de Lei das Fake News passou pela aprovação no Senado e há mais de três anos está em discussão na Câmara dos Deputados. No final de 2021, um grupo de trabalho foi formado na Câmara para tratar desse assunto e aprovou uma versão prévia do texto.

Os deputados aprovaram, por uma margem de 238 votos a 192, o requerimento de urgência para a matéria, o que viabiliza a votação direta do texto no plenário, sem a necessidade de passar por comissões.

O parecer sobre a matéria foi apresentado pelo deputado Orlando Silva, relator da proposta, no final de abril. Em resumo, o relatório:

•    Estabelece remuneração pelo conteúdo jornalístico utilizado por provedores;
•    Obriga que provedores de internet sejam representados por pessoa jurídica no Brasil;
•    Responsabiliza os provedores pelos conteúdos de terceiros cuja distribuição tenha sido impulsionada por pagamento;
•    Determina que as plataformas digitais mantenham regras transparentes de moderação;
•    Criminaliza a divulgação de conteúdos falsos por meio de contas automatizadas, as chamadas contas-robô;
•    Determina a retirada imediata de conteúdos que violem direitos de crianças e adolescentes;
•    Estende a imunidade parlamentar às redes sociais;

O relatório também deixa claro que a liberdade de expressão é um direito fundamental tanto dos usuários quanto dos provedores, e que as proibições presentes não lei não podem restringir: 

•    O livre desenvolvimento da personalidade individual;
•    A livre expressão;
•    A manifestação artística, intelectual, de conteúdo satírico, religioso, político, ficcional, literário ou qualquer outra forma de manifestação cultural.