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Dupla Que Plantou Bomba No Aeroporto Foi Condenada Pela Justiça
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Crime foi cometido em 24 de dezembro do ano passado.
- Por Anderson Santos
- 12/05/2023 01h03 - Atualizado há 1 ano
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) proferiu, nesta quinta-feira (11), a condenação de dois indivíduos responsáveis por colocar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília em 24 de dezembro do ano passado. Ambos foram sentenciados a cumprir pena em regime fechado, além do pagamento de multa:
• George Washington de Oliveira: pena de 9 anos e 4 meses de prisão e multa de R$ 11.312 ;
• Alan Diego dos Santos: pena de 5 anos e 4 meses de prisão e multa de R$ 6.464.
Essas multas têm como destino o Fundo Penitenciário Nacional. De acordo com a decisão, as multas devem ser quitadas no prazo de até dez dias, mas ainda existe a possibilidade de parcelar o pagamento.
O juiz ressaltou na sentença que a perícia constatou a presença de uma mistura explosiva nas emulsões utilizadas no ato criminoso.
Essa mistura, fabricada industrialmente e comercializada como emulsão explosiva, possui como componente principal o Nitrato de Amônio.
O magistrado destacou que essa substância apresenta efeitos semelhantes aos da dinamite quando ativada.
Quem São Os Presos
Conforme informações da Polícia Civil do DF, responsável pela investigação, George Washington de Oliveira Sousa deslocou-se de Pará até Brasília para participar de manifestações a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi detido no próprio dia 24 de dezembro, momento em que ocorreu a tentativa de explosão no Aeroporto de Brasília
George foi localizado em um apartamento situado na região central do Distrito Federal, e foi detido pelas autoridades. Em seu depoimento, ele admitiu ter a intenção de detonar o artefato explosivo no aeroporto.
Segundo informações da polícia, após montar o dispositivo, o suspeito o entregou a outra pessoa encarregada de transportá-lo até a área do Aeroporto JK.
No dia 19 de janeiro, Alan Diego dos Santos Rodrigues, o segundo condenado, admitiu em depoimento à Polícia Civil que recebeu o artefato explosivo em seu veículo próximo ao aeroporto.
Ele afirmou que a bomba foi entregue a ele no acampamento bolsonarista localizado em frente ao Quartel-General do Exército.
Após o crime, Alan chegou a ser considerado foragido da Justiça. No entanto, ele se entregou às autoridades na delegacia no dia 17 de janeiro.
Profissional do esquadrão antibomba — Imagem: reprodução
Como O Plano Foi Descoberto
A investigação revelou que o plano foi elaborado no acampamento estabelecido em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Os criminosos inicialmente planejavam posicionar o explosivo próximo a um poste, visando prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital.
Entretanto, os criminosos mudaram de ideia e colocaram o objeto no caminhão de combustível carregado com querosene de aviação.
O motorista percebeu a presença do "objeto estranho" e acionou a Polícia Militar, que detonou o explosivo. O episódio não afetou as operações do aeroporto.