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  • Brasileiras Suspeitas De Tráfico Deixam Prisão Na Alemanha


  • Após terem suas malas trocadas em aeroporto, Kátyna Baía e Jeanne Paollini foram presas na Alemanha suspeitas de tráfico de cocaína

As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini, presas na Alemanhã há mais de um mês, foram liberadas na manhã desta terça-feira (11).

Eles foram detidas no aeroporto após terem suas malas trocadas por outras que continham drogas

O Ministério Público alemão afirmou que o casal não tinha envolvimento com as drogas e autorizou a liberação das duas.
Segundo Chayane Kuss, advogada das brasileiras, elas foram inocentadas e não é necessário aguardar nenhum trâmite de processo.

"Não precisa de chancela do juiz. Elas serão soltas hoje. Na Alemanha funciona assim. A legislação permite que, quando o Ministério Público arquiva o processo, que peça então que sejam liberadas”, disse a advogada.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty), divulgou uma nota agradecendo a soltura das brasileiras. 

O Itamaraty também ressaltou que "manteve coordenação estreita" com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, além de enviar as provas solicitadas pela Justiça alemã (veja íntegra ao fim do texto).



Momentos Antes Da Prisão


Jeanne Paolini, veterinária, e Kátyna Baía, personal trainer, moram em Goiânia, capital do estado de Goiás, a sudoeste de Brasília , e são casadas há 12 anos. 

Como entusiastas de viagens, eles voaram no mês passado para a Europa para uma viagem de 20 dias para visitar a Alemanha , Bélgica e República Tcheca .

Mas, em vez disso, eles passaram um mês na prisão em Frankfurt, na Alemanha, suspeitas de participar do tráfico internacional de drogas.

Elas voaram do aeroporto internacional Santa Genoveva de Goiânia para a Alemanha. Em 5 de março, as autoridades alemãs as prenderam em Frankfurt após o desembarque de seu voo do Brasil. 


PF apontou que há vulnerabilidade de aeroportos aqui no Brasil — Imagem: Reprodução
Elas passaram pelo controle de imigração e se dirigiam ao portão de embarque para pegar o avião com destino a Berlim, quando foram abordadas e algemadas por policiais alemães. Duas de suas malas marcadas com seus nomes estavam cheias de cocaína.

Mas para a Polícia Federal do Brasil afirmou que “há uma série de indícios que levam a crer que elas não estão envolvidas no transporte de drogas porque não correspondem ao padrão usual das chamadas mulas”. 

A viagem foi planejada com bastante antecedência – passagens e reservas de hotéis foram compradas em junho do ano passado – o que seria incomum para criminosos, segundo a polícia.

No dia 4 de abril, a Polícia Federal informou ter identificado e preso seis pessoas que enviaram 40 quilos de cocaína para a Alemanha, trocando as bagagens de dois passageiros sem produtos ilícitos por malas cheias de drogas. Retiraram as etiquetas das malas despachadas e colocaram nas de cocaína.

O programa 'Fantástico' divulgou um vídeo da viagem das duas malas das viajantes brasileiras. A troca de malas teria ocorrido no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, o mais movimentado do país, onde as duas brasileiras fizeram uma escala de 11 horas.

Nota Do Itamaraty


"O Ministério das Relações Exteriores recebeu com satisfação a informação de que as cidadãs brasileiras Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía de Oliveira, que estavam presas desde 6/3/23 em Frankfurt, na Alemanha, foram liberadas hoje.

Ao longo do último mês, o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt realizou visitas consulares, em diferentes ocasiões, às nacionais no presídio, além de ter conduzido gestões junto às autoridades carcerárias e judiciárias locais para acompanhar o trâmite legal.

Intermediou, ainda, contatos com familiares e advogados das brasileiras. Representante daquela repartição consular recebeu hoje, no aeroporto de Frankfurt, familiares das brasileiras e os acompanhou ao presídio para o momento da soltura.

Ao longo do processo, o Itamaraty manteve coordenação estreita com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que conduziu o envio dos elementos de prova solicitados pela Justiça alemã por meio dos instrumentos de cooperação jurídica internacional."