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  • Vitimas De Intolerância Religiosa Segue Sendo De Praticantes Por Matrizes Africanas


  • Praticantes de religiões de matriz africana, judeus, muçulmanos e outras comunidades menos conhecidas são os alvos

A intolerância religiosa é um problema grave que afeta diversas comunidades pelo mundo. No Brasil, essa questão tem recebido cada vez mais atenção, especialmente nos últimos anos, com o aumento de casos de violência e discriminação contra pessoas de diferentes crenças.

A intolerância religiosa se manifesta de diversas formas, desde agressões verbais e físicas até a destruição de templos e locais sagrados. As vítimas são geralmente membros de minorias religiosas, como praticantes de religiões de matriz africana, judeus, muçulmanos e outras comunidades menos conhecidas.

Segundo dados do Disque 100, serviço de denúncias do governo federal, foram registrados 736 casos de intolerância religiosa no Brasil em 2019. Esse número representa um aumento de 56% em relação ao ano anterior. Entre as vítimas, 62% eram praticantes de religiões afro-brasileiras.

Além dos casos de violência física e verbal, a intolerância religiosa também se manifesta de outras formas, como a recusa de empregadores em contratar pessoas de determinadas crenças, a discriminação em espaços públicos e a disseminação de discursos de ódio nas redes sociais.



A intolerância religiosa afeta não apenas as vítimas diretas, mas também toda a sociedade. Ela contribui para a divisão e o conflito entre as diferentes comunidades, gerando um clima de hostilidade e preconceito. Além disso, ela representa uma violação dos direitos humanos e da liberdade de crença, garantidos pela Constituição brasileira.

Para combater a intolerância religiosa, é necessário adotar medidas efetivas, que envolvam a educação, a conscientização e a punição dos agressores. É preciso promover a tolerância e o respeito às diferenças religiosas desde a infância, por meio de campanhas nas escolas e na mídia. Também é importante que as autoridades públicas intensifiquem a fiscalização e a punição dos casos de intolerância religiosa, para que os agressores sejam responsabilizados pelos seus atos.

Além disso, as próprias comunidades religiosas podem contribuir para a prevenção da intolerância, por meio do diálogo e da promoção do respeito mútuo. É fundamental que as diferentes crenças aprendam a conviver pacificamente, respeitando as diferenças e valorizando as semelhanças.

A intolerância religiosa é um problema que afeta a todos, independentemente da crença ou da religião. É preciso que a sociedade como um todo se mobilize para combater essa forma de violência e garantir o respeito aos direitos humanos e à liberdade de crença.