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  • Brasil conquista o maior número de medalhas em Paralimpíadas, além de ouro e recorde no atletismo


  • A atleta Rayane Soares vence 400m T13 com recorde mundial. Prata de Ricardo Mendonça e bronzes de Christian Gabriel e Paulo Henrique dos Reis fazem país superar marca de 72 pódios em Paris

Neste sábado (7) é o penúltimo dia de competições em Paris e começou com recorde para o Brasil. 

Foram conquistadas quatro medalhas no atletismo e fizeram com que o país garantisse sua melhor campanha geral em uma edição das Paralimpíadas. 

Atletas brasileiros já subiram ao pódio 77 vezes na capital francesa, esse número supera as 72 da Rio 2016 e de Tóquio 2020. 

Esse número ainda pode aumentar, com mais participação brasileira em disputas nas pistas do Stade de France e em outras modalidades.

Rayane Soares foi uma das responsáveis por ajudar o Brasil. A atleta maranhense, que já tinha conquistado a prata nos 100m, neste sábado voltou a competir e faturou o ouro dos 400m da classe T13 (para atletas com deficiência visual). Com tempo de 53s55, ela ainda estabeleceu um novo recorde mundial.

“Eu estava confiante. Sentia que era o meu momento, me via no pódio, com a medalha de ouro. Pedia o tempo todo para Deus me dar força, porque treinada eu estava” disse Rayane, após garantir a medalha dourada.

As outras três medalhas conquistadas pelo Brasil na manhã de sábado, já tarde em Paris, vieram com Ricardo Mendonça (prata), Christian Gabriel (bronze) e Paulo Henrique dos Reis (bronze).

Ricardo e Christian realizaram uma dobradinha nos 200m da classe T37 (para atletas com paralisia cerebral). Com marcas de 22s71 e 22s74, os atletas chegaram na segunda e terceira posições, respectivamente, só atrás do atleta neutro Andrei Vdovin, que registrou 22s69. 

Outro brasileiro também participou da prova, Bartolomeu Chaves, o Passarinho, ele terminou a prova sendo o quarto colocado.

Paulo Henrique dos Reis é estreante em Paralimpíadas e sairá de Paris com uma medalha de bronze no salto em distância T13 (para competidores com deficiência visual). 

O sul-mato-grossense pulou para 7,20m, sua melhor marca na carreira, e celebrou o resultado:

“Felicidade imensa. Sinceramente, ainda não caiu a ficha. É sensacional ser o saltador paralímpico com a melhor marca do Brasil” disse o atleta.

Brasileiros alcançam as finais

 O atletismo do Brasil não conquistou apenas medalhas na primeira sessão paralímpica deste sábado. 

Outros três competidores do país também conquistaram vagas em finais que acontecerão à tarde, noite em Paris. 

O gaúcho Wallison Fortes registrou o terceiro melhor tempo das eliminatórias (22s81) e brigará por pódio nos 200m T64 (para amputados de membros inferiores com prótese). 

A competição está marcado para 14h51 (de Brasília).

Fernanda Yara e Maria Clara Augusto realizaram suas melhores marcas na temporada e avançaram à final dos 200m T47 (amputados de braço), com o quinto (25s66) e o terceiro (25s53) melhores tempos das eliminatórias. A final está prevista para 14h43 (de Brasília).

Outro resultado

Eduardo Pereira, estreante em Paralimpíadas, finalizou a prova em sexto lugar na final do arremesso de peso F34 (para paralisados cerebrais). 

A melhor pontuação do paulista foi de 11,03m. O ouro ficou com o colombiano Mauricio Valencia (11,71m). O marroquino Azzedine Nouiri conquistou a prata (11m70), e jordaniano Ahmad Hindi faturou o bronze (11m66).