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  • Corpo de Zagallo, ex-jogador e ex-técnico é enterrado no Rio


  • O enterro do Velho Lobo aconteceu no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Zagallo morreu na sexta (5), aos 92 anos, de falência múltipla dos órgãos.

Neste domingo (7), o corpo de Mário Jorge Lobo Zagallo foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro. 

A morte do ex-jogador e ex-técnico de futebol ocorreu na noite de sexta-feira (5), aos 92 anos, de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado desde o fim de dezembro em um hospital no Rio.

O corpo de Zagallo foi velado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, começou às 9h30 deste domingo e ficou aberto ao público até as 14h.

Zagallo foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros até o cemitério, onde foi recebido com aplausos.

Velório

Zagallo foi velado ao lado das cinco taças de Copas do Mundo que o Brasil venceu (Zagallo teve participação em quatro delas).

Ao lado do corpo também estava a estátua de cera que o museu da CBF fez em sua homenagem em 2022. Esta foi a primeira vez que a estátua de Zagallo ficou exposta ao público.


Entre atletas e autoridades que estiveram  o velório para prestar homenagens, estão Tite, ex-treinador da seleção brasileira e atual técnico do Flamengo, o ex-jogador Grafite e os campeões mundiais Cafu, Zinho, Bebeto, Jorginho e Mauro Silva. 

Marcos Braz, dirigente do Flamengo, e Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, também comparecem ao velório.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o técnico do tetra, Carlos Alberto Parreira, enviaram coroas de flores prestando condolências à família.

Cafu, capitão da seleção brasileira pentacampeã do mundo em 2002, contou como era o Velho Lobo nos bastidores.

"O Zagallo cobrava quando tinha que cobrar, era paizão quando tinha que ser paizão, era amigo quando tinha que ser amigo e era treinador quando tinha que ser treinador. Era um treinador que era respeitado, e isso que era o mais importante", disse o lateral.

"Quando você tem respeito do grupo, a tendência é fazer o que fizemos, conquistar títulos e fazer com que o Zagallo seja reconhecido e conhecido da maneira que tem que ser, como um herói brasileiro."

O atacante Bebeto, um dos destaques do tetra em 1994, disse:

"Toda a minha história como jogador de futebol e como homem, eu tive ele como referência. Ele foi o meu segundo pai. Ele transcende o futebol. Temos um amor muito grande pela família dele".

O goleiro Gilmar Rinaldi, um dos reservas de 1994, relembrou o amor do Velho Lobo pela seleção.

“Ninguém amou mais essa camisa do que ele. A gente tem que pensar isso pra sempre e, quem sabe, esteja na hora de repensar e voltar a esse estilo. Essa camisa tem um peso, e ele deu como ninguém” disse.

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, também falou da importância de Zagallo para a Seleção.

"Que os atletas possam resgatar o trabalho que Zagallo desenvolveu e se inspirem nele. Saber que a camisa da seleção tem que ser honrada, abençoada e ser defendida" falou.

Juan Silveira dos Santos, da comissão técnica do Flamengo, disse que Zagallo era sinônimo de seleção brasileira.

"O futebol brasileiro perde uma lenda. Em termos de seleção brasileira, ele é a história da seleção. Ele viveu intensamente a seleção. A imagem dele é ligada a imagem vitoriosa da seleção".

Durante o velório, Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF, teve um mal-estar e desmaiou. Ele foi levado para a ambulância no local e, segundo fontes, está bem.