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  • Estuprada Por Idoso, Adolescente Grávida Procura Hospital E É Exposta Por Servidora


  • A adolescente de 14 anos grávida foi vítima de estupro de vulnerável.

A Polícia Civil confirmou que a adolescente de 14 anos grávida, que foi filmada por uma técnica em enfermagem no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, em Cruzeiro do Sul, Acre, foi vítima de estupro de vulnerável.

O delegado Renan Santana, responsável pelas investigações, informou que a jovem iniciou os procedimentos de pré-natal aos 13 anos, o que confirma a hipótese de estupro.

As apurações da polícia revelaram que a menina engravidou de um idoso de 68 anos, que trabalha como barqueiro na região.

A investigação agora irá apurar se a unidade de saúde comunicou o caso às autoridades quando a menina deu início ao pré-natal, considerando a gravidade do crime de estupro de vulnerável.

Adolescente de 14 anos foi filmada por técnica em enfermagem — Foto: reprodução

“De início, nós estávamos apurando apenas a questão da suposta exposição vexatória da adolescente. Só que em uma análise mais apurada, verificamos que ela já foi vítima de um estupro de vulnerável, porque ela engravidou com 13 anos, e a lei diz que o estupro de vulnerável é aquela pessoa menor de 14 anos. Então, como ela teve conjunção carnal com a pessoa enquanto tinha 13 anos, ela já foi vítima de um crime”, explica Santana.

Exposição em rede social

Narjara Lima reúne 70 mil seguidores em redes sociais. Ela afirma ter pedido autorização para filmar adolescente — Foto: Reprodução

O caso chegou ao conhecimento da polícia por meio de um vídeo publicado pela técnica em enfermagem Narjara Lima em suas redes sociais.

No vídeo, ela conversa com a adolescente de 14 anos dentro da maternidade, fazendo perguntas sobre a gravidez. A técnica possui uma grande quantidade de seguidores em suas redes sociais, o que resultou em milhões de visualizações do vídeo até ser apagado.

Nas imagens, a profissional pergunta à menina se é o seu primeiro filho, chamando-a de "bebê" e dá risada. Ela também indaga sobre a idade da adolescente e pergunta sobre o sexo do bebê, ao que a jovem responde que é um menino.

Após a repercussão negativa do vídeo, Narjara alegou que a prática de divulgar pacientes é comum na maternidade em que trabalha e que gravou o momento considerando-o uma ocasião feliz de sua rotina. No entanto, ela admitiu que não solicitou autorização para publicar os vídeos, embora tenha afirmado que teve o consentimento da adolescente para gravá-los.

O delegado responsável pelas investigações também ouviu a adolescente informalmente na maternidade, e a jovem relatou que a técnica de fato pediu autorização para gravar o vídeo, mas não mencionou que iria publicá-lo. A adolescente também afirmou que ficou assustada com a repercussão do vídeo.

Nota Da Maternidade

O Hospital da Mulher e da Criança do Juruá vem por meio desta nota esclarecer que jamais se eximiu de estar cumprindo seu papel social e que todos os servidores são orientados a tratarem os pacientes com ética, respeito e humanização. Casos isolados de profissionais que não cumprem as normas e rotinas da instituição, assim que chegarem ao conhecimento da Direção da Unidade, serão averiguados e tomadas as medidas cabíveis”, ressaltou.

“Enquanto instituição, nós vamos abrir um processo administrativo para apurar todos os fatos. A conduta será devidamente tomada, de acordo com o que determina a lei”, informou.