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  • Felipe Neto Surta Ao Ver Nome De Lula Associado A Corrupção


  • Influenciador questiona a ferramenta de busca: "dará explicações?"

Um fato curioso chamou a atenção das redes sociais nesta sexta-feira. Ao buscar pelos termos "Lula coroação" no Google, uma sugestão inusitada foi apresentada pela ferramenta: "Você quis dizer Lula corrupção?". 

O presidente, que está na Inglaterra para a cerimônia de posse do rei Charles III, junto com a primeira-dama Rosângela da Silva (Janja), não tem relação direta com o tema pesquisado. A sugestão gerou debates e os apoiadores do presidente se revoltaram.

Felipe Neto foi um dos primeiros a comentar sobre a situação e relatou, em um post no Twitter, que foi informado pessoalmente pelo deputado federal André Janones sobre a sugestão feita pelo Google

Após marcar o presidente, Felipe diz que teve que abrir o Google para acreditar:

“Se trata de um erro algorítmico, mas é inaceitável. 'Coroação' não é uma palavra errada ou de rara pesquisa", disse o youtuber.

Após isso, Felipe Neto mencionou o Projeto de Lei das Fake News, cuja votação na Câmara dos Deputados foi adiada sob pressão de empresas de tecnologia, incluindo a responsável pela ferramenta de pesquisa. "O Google dará explicações? Vai corrigir isso? Sem o PL, eles não são obrigados a nada", disse Neto em seu post.

O Twitter, por sua vez, deixou uma nota abaixo do post de Felipe explicando como funcionava o algoritmo do Google:

"Não é assim que as recomendações algorítmicas funcionam. A equipe do Google não pode forçar o uso do termo aos usuários, mas se destaca o que os usuários mais procuravam e começavam com 'C' ligado com a palavra inicial".

Em outro post, o influenciador demonstrou que ao fazer a mesma pesquisa com os termos "Bolsonaro coroação", o Google sugere: "Você quis dizer Bolsonaro coração?". Vários portais de notícias também realizaram o teste da pesquisa e obtiveram os mesmos resultados que Felipe Neto.

Pesquisa realizada usando Bolsonaro mais o termmo 'coroação' — Imagem: reprodução

Ao realizar pesquisas com outras personalidades políticas mundiais, a equipe de reportagem também verificou a existência do mesmo recurso. Por exemplo, ao buscar por "coroação" junto aos nomes de Biden ou Trump, atual e ex-presidente americano, respectivamente, a sugestão de pesquisa também inclui a palavra "corrupção". No entanto, é importante ressaltar que nenhum dos dois está na Inglaterra para a cerimônia de coroação do rei Charles III.

O portal de notícias ‘O GLOBO’ entrou em contato com o Google Brasil, que enviou a seguinte nota: 

"Nossos sistemas automatizados não levam em conta ideologia política em seu funcionamento. Embora este seja um recurso gerado automaticamente, temos políticas que se aplicam e estamos tomando medidas para resolver o problema". 

Até o momento, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República não emitiu nenhum comunicado sobre o assunto.