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Prefeito Que Casou Com Adolescente No Paraná É Alvo De Operação
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Hissam Hussein, que tinha oferecido cargo para a mãe da adolescente em troca do casamento, é alvo de outros crimes
- Por Anderson Santos
- 01/06/2023 20h19 - Atualizado há 1 ano
Órgãos do Ministério Público do Paraná realizaram uma operação na casa do prefeito de Araucária, Hissam Hussein Dehaini, para investigar possíveis crimes contra a administração pública.
Embora não tenham sido divulgados detalhes sobre os crimes em questão, em abril deste ano o Ministério Público confirmou que estava investigando a nomeação da sogra do prefeito para um cargo na prefeitura, suspeitando de nepotismo.
A operação, chamada de Scambio, incluiu mandados de busca e apreensão na prefeitura e em Curitiba. Outros investigados também estão envolvidos, mas não foram divulgados detalhes sobre eles.
Casamento Em Troca De Cargos
Hussein e a adolescente — Imagem: Reprodução
Em abril deste ano, o prefeito Hissam Hussein Dehaini enfrentou polêmicas relacionadas ao seu casamento com uma adolescente de 16 anos.
A partir dai, surgiram questionamentos sobre nomeações de parentes na prefeitura, incluindo a mãe da adolescente, que ganhou um cargo de secretária municipal.
O Ministério Público investigou a possível prática de nepotismo e a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça iniciou uma investigação sobre a legalidade do casamento, realizado pela vice-prefeita, que também é oficial de cartório.
Conforme informações do CNJ, Hilda Lukalski registrou o afastamento de suas atividades no período de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2024.
Em razão disso, o ministro Luis Felipe Salomão avaliou que ela não deveria ter celebrado o casamento entre Hissam e a adolescente.
Relação Com O Tráfico
O prefeito de Araucária já foi detido duas vezes em uma CPI por suposto envolvimento com o narcotráfico.
Ele foi acusado de ser empresário do ramo hoteleiro e de agências de carros, além de ser considerado o "chefe maior do narcotráfico" em seu estado.
No processo, foi indiciado por tráfico de drogas, furto e desmanche de veículos, concussão, extorsão, corrupção ativa e passiva.
Em 2000, foi preso preventivamente pela Polícia Federal por possuir uma chácara com pista de pouso para helicópteros e laboratório para refinamento de cocaína.
Ele afirmou ter emprestado a aeronave ao então candidato a governador Jaime Lerner, mas negou as acusações, alegando que o local era uma copropriedade com pilotos e que o laboratório era um hangar.
Não havia declaração ou nota fiscal de compra relacionadas ao aluguel dos helicópteros para o candidato Lerner, segundo o senador Roberto Requião.
